CULTURA E NATUREZA
APA Cabuçu-Tanque Grande
·Trilhas diversas e Rio Cabuçu de
Cima;
·Sítio Marundito do Pico Pelado (rocha de relevante importância geológica);
·Sítio Marundito do Pico Pelado (rocha de relevante importância geológica);
·Parte do
antigo sistema de abastecimento de água de São Paulo (Sistema Cantareira Velho)
que compreende Represa do Cabuçu e trechos do antigo aqueduto, além de atual
ETA Cabuçu;
·Associação Cultural e Ambiental
Chico Mendes - Cabuçu;
·Santuário e Capela do Senhor Bom
Jesus da Cabeça;
·Serra da
Cantareira (Patrimônio Mundial pela UNESCO através da Reserva da Biosfera do
Cinturão Verde da Cidade de São Paulo);
Sítio Marundito do Pico Pelado
A comunidade científica da Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e
Paleobiológicos (Sigep) aprovou o projeto de inserção
do sítio Marundito do Pico Pelado, localizado
na região do Sítio dos Morros, em Guarulhos, no catálogo de patrimônios
naturais brasileiros a serem preservados. O local faz parte do corredor ecológico do Geoparque Ciclo do Ouro, que abrange desde o Tanque Grande até a Serra do Itaberaba, com área total de aproximadamente três quilômetros
quadrados.
O sítio tem elevado valor geológico, pois possui rochas raras e que
possibilitam reconstituir o passado da Terra e seu desenvolvimento geológico. A
rocha maior tem aproximadamente 60 metros de comprimento. Outras rochas apresentam indícios passados da mineralização de
ouro. O ciclo de exploração em Guarulhos começou em
1597 e teve duração de 250 anos. Há indícios de que algumas rochas se
formaram no fundo do oceano e há vestígio de
atividade vulcânica na cidade há cerca de 1 bilhão e
600 milhões de anos.
Existe
uma variedade imensa dessas rochas com tonalidades azul-clara, azul-escura,
marrom e branca em função da concentração diversificada de seus minerais. Nos próximos três meses os profissionais que compõem o
grupo de pesquisadores vão escrever um artigo científico com a descrição do
sítio, que futuramente será apresentada pelo Sigep à Unesco para proposição de
transformação do local em Patrimônio Natural da Humanidade.
A
aprovação para compor a lista do Sigep diminui os riscos de depredação ou
destruição natural dessas rochas, raras tanto no Brasil como no mundo, pois são
formadas por reações químicas e físicas sofridas por outras rochas quando
submetidas a calor e pressão no interior da Terra.
Sistema de áreas protegidas do contínuo da
cantareira
Capela do Senhor Bom Jesus da Cabeça
Localizada na Estrada do Cabuçu, é considerada a
terceira mais antiga capela do município. A primeira coisa que se vê ao entrar
na Capelinha e a peça que dá origem a seu nome, a Sagrada Cabeça que, segundo
registros das Irmãs da Congregação Servas do Sagrado Coração de Jesus
Agonizante (desde 1985 responsáveis pelas atividades da igreja católica no
local) teria sido encontrada em 1724 num pesqueiro do Rio Tietê (fato
registrado no livro do tombo da paróquia de Parnaíba, SP) e depois aparecido em
um riacho do então latifúndio do Cabuçu.
Ainda, segundo as irmãs, que se aprofundam no
estudo da origem da Cabeça, a relíquia foi esculpida para pertencer à imagem de
Bom Jesus de Pirapora (Cidade do interior de SP); porém não foi aceita, já que
não era proporcional ao corpo, e então descartada.
A origem da cabeça está cercada por lendas: “... a
primitiva cabeça do Bom Jesus de Pirapora foi separada do corpo e recolhida à
sacristia do Santuário, onde permaneceu até que a respeitável senhora paulista,
Dona Joaquina Fortes Rendon de Toledo, (...) proprietária do latifúndio do
Cabuçu, consegue posse da sagrada relíquia, removendo-a para sua fazenda, onde
a venerou em oratório particular. Por morte de d. Joaquina Fortes, passou a
imagem para o poder do preto crioulo Raymundo Fortes, ex-escravo e pajem da
fazendeira, e daquele para o de outro Raymundo Fortes, neto do primeiro e
continuador da devoção por d. Joaquina, instituída, tornada pública e difundida
com a construção da 'capelinha', por volta de 1850".
Fonte: Freitas, 1934 in: Santos, 2006.
cabucuturismo@yahoo.com.br
(11) 96599-4320 |